Praça
São Januário -1957
Praça
São Januário -2017
A palavra Ubá, em tupi-guarani, significa canoa de uma só peça escavada
em tronco de árvore. É também o nome popular da gramínea “Gynerun Sagittatum”,
da folha estreita, longilínea e flexível, em forma de cano, utilizada pelos
índios na confecção de flechas de caça e combate, e encontradas em toda a
extensão das margens do ribeirão que corta a cidade. O nome do Rio Ubá se deu
justamente pela existência dessas gramíneas.A colonização da bacia do Rio Pomba
deu-se, inicialmente, a partir da decadência das atividades de mineração. Em
fins do século XVIII e início do século XIX, várias famílias deixaram Mariana,
Ouro Preto, Guarapiranga e outros centros de extração à procura de terras
férteis e propícias à agricultura, onde pudessem desenvolver atividades de renda
mais estável e segura.As regiões banhadas pelo Rio Turvo, Chopotó, Pomba e
outros, eram assediadas devido à ocorrência de florestas que prestaram à
extração de madeira e que até então eram habitadas pelos índios (chopós,
croatos e puris) e aventureiros. Esses, fundaram fazendas, que prosperaram e
deram início à formação de núcleos de população, hoje, cidades florescentes,
entre as quais, a cidade de Ubá.Em novembro de 1767, o Padre Manoel de Jesus
Maria foi encarregado de catequizar os índios, preparando as bases para a
entrada dos donos de sesmarias, a partir de 1797, iniciando assim a organização
de um grande aldeamento central.No período de 1797 à 1798, foram doadas as
primeiras sesmarias, localizadas em terras desocupadas e situadas nas
cabeceiras, encostas e margens do Rio Ubá. Nesta época, Bernardo Antônio de
Lorena, do conselho de sua majestade, rei D. João VI, era governador da
capitania de Minas Gerais.Em 1805, o capitão Mor Antônio Januário Carneiro,
natural de Calambau e seu cunhado, comendador José Cesário de Faria Alvim,
adquiriram várias sesmarias até então pertencentes ao Município de São João
Batista do Presídio, hoje, Visconde do Rio Branco, trazendo suas famílias,
escravos e rebanhos. Fundaram, assim, a atual cidade de Ubá.Neste período, segundo
acordo firmado entre o Vaticano e os reis católicos, quando fosse fundada uma
povoação nos países colonizados, em primeiro lugar deveria ser construída um
igreja como marco inicial.Enquanto os primeiros donos das terras situadas às
margens do Rio Ubá se preocupavam com suas fazendas, Antônio Januário Carneiro
idealizou fundar uma povoação. Seu primeiro passo foi liderar um movimento para
assinar a petição requerendo o alvará para a construção da igreja, a qual
deveria ser provida de parâmetros para que pudesse ser consagrada ao seu orago
(santo de invocação que dá nome à capela).Para promover esta povoação, o
capitão Mor trouxe todos os operários necessários para a construção da igreja,
dando-lhes pequenas glendas de terras, moradia e alimentos, enquanto não
pudesse ter abastecimento próprio pelo cultivo da terra. Foi também por seu
intermédio, que dezenas de famílias vieram em princípio do século XIX, para o
povoado que estava se formando, como os Vieira de Andrade, Faria Alvim,
Ferreira Valente, Martins Pacheco e outros mais.A capela foi construída sob a
devoção de São Januário. Com o crescimento do arraial foi elevada à Paróquia de
São Januário de Ubá em 07 de abril de 1841. O desenvolvimento do povoado se deu
gradativamente ao redor da Paróquia e em direção à estrada que levaria à
Guarapiranga, onde foram edificadas as primeiras residências em sapé. Esse
povoado recebeu o nome de São Januário de Ubá. Devido ao desenvolvimento da
paróquia e das atividades dos habitantes, principalmente a cultura do café, em
1854 o povoado recebeu o foro de Vila e, em 1857, foi elevada à categoria de
cidade com o nome de Ubá.Nesse período colonial, a terra tinha pouco valor,
pois tudo estava por fazer e o produto primário era o grande objetivo da
transformação, tornando a mão-de-obra do campo a principal fonte de renda. O
escravo tornou-se peça fundamental para o desenvolvimento agrícola da região,
chegando a valer nessa época, mais do que 30 alqueires de terra. Somente após
1810, houve incentivo ao tráfico de escravos que, com sua capacidade de cultura
à terra e seu adestramento nos trabalhos da Casa Grande, contribuíram bastante
para a economia cafeeira de Ubá.A chegada dos imigrantes italianos proporcionou
um aumento nas diversas culturas, principalmente na fumageira. A imigração
ocorreu em duas épocas distintas e procedências diferentes:- A primeira fase
correspondeu ao ingresso de imigrantes provenientes do sul da Itália que
traziam como vantagem sua variadas profissões: artesãos, alfaiates,
comerciantes, operários, ferreiros, caldeireiros e marceneiros. Contudo, não
eram agricultores, mas colaboravam, e muito, para a melhoria da cidade de Ubá,
que, na época, não contava com luz, calçamento, saneamento básico, como todas
as demais cidades da Zona da Mata.- A segunda fase correspondeu à chegada de
imigrantes provenientes do norte da Itália, que chegaram aqui somente após a
abolição da escravatura em 1888. Ao contrário dos primeiros, esses eram
camponeses organizados e disciplinados que vieram substituir o trabalho
escravo, dando a Ubá um novo impulso econômico.Os imigrantes tiveram
importantes participações na evolução do município sob os aspectos político,
econômico e social, tendo sido um dos poucos municípios do estado, onde os
italianos permaneceram após a crise agrícola no país, com a queda do preço do
café. Nesta época, houve grande fuga dos colonos, principalmente italianos, que
saíam do Estado de Minas Gerais em direção ao Estado de São Paulo.Aproveitando
a baixa geral dos imóveis, adquiriram grandes extensões de terra. Compravam
fazendas e subdividiam-nas em várias propriedades, fato que gerou grande
atração aos colonos vindos de outras regiões. Hoje, o Município de Ubá é um dos
maiores do país, devido justamente a esta grande subdivisão de terras. Em 1988
Ubá contava com 4586 propriedades agrícolas, sendo a maior parte, em mãos de
italianos ou descendentes, segundo “Vila e Ação da Colônia Italiana no
Município de Ubá - MG, editado pela Academia Ubaense de Letras. A partir dessa
característica de parcelamento do solo, desaparece o latifúndio e, com ele, a
monocultura do café, dando lugar à policultura do fumo, cereais, cebola,
batata, pimentões, tomates, entre outros. Houve, em conseqüência, um decréscimo
no setor agrícola da economia. Mais recentemente, o setor secundário,
principalmente a indústria moveleira, passou a ser a atividade econômica mais
importante de Ubá. Em 1811, o município foi subdividido em seis distritos:
Tocantins, Sapé, Marianas, Rodeiro, Divino e a sede em Ubá.Durante sua
evolução, aconteceram algumas modificações na divisão político-administrativa
do território, até finalmente chegar aos quatro distritos atuais: Ubari,
Diamante, Miragaia e Ubá, com um superfície de 408km².
Praça
São Januário
São
Januário, ou Gennaro (como é conhecido pelos italianos) é o Santo do “milagre do sangue de são Januário”. Seu dia comemorativo é 19 de setembro,
quando sua imagem fica exposta aos fiéis e peregrinos. Por várias vezes, a
relíquia do seu sangue se liquefez, voltando novamente à aparência de
recém-derramado com cor avermelhada. A primeira vez que tal fato foi verificado
foi no neste mesmo dia 19 de setembro do ano de 1389 e a última vez foi em
1988.
A
Praça São Januário figura como um dos pontos de destaque da nossa cidade. Ubá
tem inúmeras paisagens bonitas. e nossa Praça é um dos cartões postais da
Cidade Carinho. São Januário é um dos padroeiros de Ubá, com uma Paróquia que
leva também o seu nome.
A praça está bem conservada sofrendo poucas mudanças diante da
fotografia , tentam preservar a praça sofrendo poucas mudanças durante os anos
, e no seu entorno há bares, restaurantes, sorveteria, escola, lojas .
A praça é tradicional e conhecida pela população pelos eventos
realizados na cidade utilizando sempre seu espaço, reconhecida também pelo
trenzinho dos domingos onde é um ótimo dia para passear com a família, aos
domingos pode –se observar famílias dando volta na praça apreciando o dia.
Fonte: